quarta-feira, 22 de julho de 2009

E se eu não der sorte?

Quando conversamos sobre intercâmbio, sempre tem alguém que diz que “tem que dar sorte”. Dar sorte com a família, dar sorte com a localização da casa, dar sorte com a escola / faculdade, dar sorte com o trabalho ou com o chefe, dar sorte de fazer amigos, dar sorte de escolher a agência certa. A sorte, que aparece nos depoimentos da maioria das pessoas que já viveram a experiência, parece ser fator fundamental para que o final seja feliz. Mas até que ponto é a sorte o principal responsável pelo sucesso de um intercâmbio?

Podemos dizer que depende, que cada caso é um caso... coisa de relativismo. É claro que cada caso é um caso, pois somos humanos e é a imprevisibilidade que define nossa natureza. E o intercâmbio não é a experiência de apenas um ser humano, mas de todos envolvidos no processo: aqueles que ficam, aqueles que vão e aqueles que recebem. E quanto mais gente, mais imprevisível.

Se chamarmos de “sorte” tudo aquilo que o intercambista não tem controle total no início (e é quase tudo mesmo), acredito sim que a sorte esteja presente. O que a sorte pode definir é como as coisas vão começar: a host family, o emprego, a escola, o vôo. Para amenizar isso, um bom planejamento e orientação ajudam. Mas, quando as coisas “dão errado”, o que faz realmente a diferença são as atitudes do intercambista diante do que surge em seu caminho. A forma como ele encara e lida com as situações adversas é que confere peso para que a experiência, como um todo, seja encarada como boa ou ruim no final.

Lembra da frase “Experiência não é o que você viveu, mas aquilo que você fez com o que você viveu.” (que eu não me lembro mais de quem é)? Pois é, o intercâmbio é o que o intercambista faz com ele. Problemas sempre vão existir na vida das pessoas, estando elas onde estiverem. Se um intercambista “der sorte”, não vai ter que passar por eles. Mas, se não der, vai resolver a situação e pronto. E, como diz um amigo meu, “... de qualquer jeito, você teve a sorte de ter a chance de fazer intercâmbio”.

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